Bronze para Daniel Gavilán no Grande Prêmio do Egito — site ONCE

O madrileno voltou a mostrar a sua grande forma no tatami, coalhando uma grande competição em que teve de enfrentar grandes rivais, entre eles o actual vice-campeão da Europa, o georgiano Zuriab Zurabiani, a quem conseguiu bater na primeira redondo.

Nas quartas de final, Gavilán perdeu sua única partida contra um dos rivais mais poderosos do torneio, o uzbeque Nurillaev, que disputa o circuito internacional de judocas sem deficiência e que conquistou a vitória final no torneio egípcio.

Nos playoffs, o judoca madrilenho fez valer sua grande forma e sua mentalidade, vencendo duas lutas e levando o bronze na luta final que foi decidida por um ponto de ouro contra o cazaque Anuar Sariyev, atual vice-campeão paraolímpico.

Com este resultado, Gavilán continua a acumular grandes pontos para o apuramento paralímpico, depois de ter conquistado o bronze há um mês em Portugal e depois das duas medalhas de bronze conquistadas no Mundial e no Europeu.

Marta Arce, de Valladolid, também viajou para o Egito, que perdeu sua luta inicial contra a rival cazaque Dayana Fedossova, atual medalhista de bronze mundial. No play-off, Arce caiu para a judoca chinesa Lin.

O atual medalhista paralímpico, Sergio Ibáñez, que se estreou este ano nas competições internacionais, após uma lesão que o impediu de participar em Portugal, também saltou para o tatame. Ibáñez não conseguiu passar do primeiro round, o mesmo que aconteceu com a jovem madrilenha María Manzanero, que perdeu sua primeira luta contra a argentina Paula Gómez.

Judô, um esporte com adaptações mínimas

O judô é um dos esportes com menos modificações para cegos e é necessário apenas que as lutas comecem com os dois atletas se abraçando. Se forem soltos, o árbitro para para que sejam pegos novamente.

Atualmente, existem duas categorias de competição, J1 (cegos) e J2 (deficientes visuais) com modificações mínimas entre elas. Como, por exemplo, o acesso com auxílio ao tatami ou ao nível do indicativo do vestuário.

Com este novo regulamento, aprovado após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, os judocas J1 e J2 não competem entre si a menos que não haja participantes suficientes, pelo que por mútuo acordo, podem fazê-lo.

Existem também algumas outras modificações relacionadas com a forma como os árbitros transmitem os sinais aos atletas, uma vez que não o poderão fazer por gestos, como habitualmente se faz. Além disso, neste esporte há uma alta participação de pessoas com surdocegueira, por isso a forma de dar-lhes avisos também é adaptada ao toque e incluída no regulamento.

Cedric Schmidt

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